quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Manifesto

Meus caros senhoras e senhores,

Num apelo conjunto a uma abertura e sensibilidade cada vez maiores, eu Ego tenho uma pergunta a fazer.

Esta época é marcada pela defesa do meio ambiente e de uma preocupação ,felizmente, cada vez mais generalizada para com este, pergunto-me se é uma questão de moda ou se de facto existe uma base sustentavel e alimentada pela sensibilidade e inteligencia do ser humano.
Uma analise profunda e ideológica de algumas questões excitam-me e comovem-me é verdade, e esperando não pecar por paixão confrontalista tenho algumas questões a colocar e alguns pontos a demarcar.

1- base de compreensão do mundo como um todo. Homens, animais e seres vivos em pé de igualdade. (outras formas de existência propria [sentimentos,energias,marés] ainda são de conhecimento muito diminuto)

2 - nessa base apesar de todos estarmos vivos temos maneiras e vivencias distintas e que nós devemos apurar e conhecer melhor para um melhor desabrochar da raça.

3 - após um periodo de defesa e contestação do relacionamento para com os animais, com algum sucesso, encontramo-nos numa época em que o meio ambiente finalmente sobressai e reclama a sua posição e em como a raça humana assustada pelo seu impacto lhe dedica mais tempo.



a) alma? quem a tem? ninguem? humanos? animais? seres vivos? o que as alimenta? o que as rege?

b) vegetarianismo - uma discriminação suave? uma forma mais subtil de pensamento? uma questão de saude? de defesa dos animais? plantas não possuem vida apesar de não espernear? só os animais sofrem e são eles o nosso verdadeiro e unico purgatório? ou é exigido um cuidado mais extenso e pensado para com todas as formas de vida?

c) novas formas de vida e utilização energética? será mais cedo que esperamos? virá aí uma revolução na maneira de viver do homem? é a altura de reduzir a barreira que pusemos entre nós e a natureza?

9 comentários:

Anônimo disse...

O aquecimento global é treta!!!ou pelo menos da maneira como nos querem impingir,pois que em vez de mudarmos completamente o nosso relacionamento com a natureza o que nos dizem?Ah podem poluir mas depois para compensar o que poluiram têm que pagar(principio do poluidor pagador).E o que dizer do negócio crescente à pala das licenças para emissoes de carbono?Compra emissoes e podes carbonizar.O tempo está diferente?A terra sempre teve ciclos de renovação e transformação e é um organsimo vivo que se adapta e se modifica naturalmente.Repito - O aquecimento Global é negócio.

Anônimo disse...

Antes demais creio que é um manifesto pertinente.

Creio que o ambientalismo na generalidade dos media para além de moda (porque vende e é rentável) é também agora uma necesidade de sobrevivencia neste planeta, como forma de retardar a velocidade crescente e mais do que proporcional ao aumento da densidade populacional do consumo, aproveitamento/optimizaçao e destruiçao dos recursos naturais (escassos?) do planeta terra.

Anonimo anterior: Sim o aquecimento global é um negócio, mas por ser um negócio nao quer dizer que seja uma treta. Aliás, os grandes negócios fazem-se com o trade de recursos escassos(issimos) ou com coisas que por terem se calhar um valor tao baixo uma massa enorme de consumidores nao se importam de pagar por isso.
O planeta tem ciclos é verdade, já passamos pela idade do gelo, já tivemos todos os continentes numa só plataforma, etc etc. Mas creio que é errado pensar que a nossa actuaçao e participaçao virulenta e parasitária neste planeta nao tenham efeitos de interferencia nesse mesmo ciclo natural das coisas.

Quanto aos pontos do manifesto:

1. Corroboro, somos parte de um organismo que interage sinergicamente a todos os niveis.

2. Cada ser vivo é unico, daí as relaçoes entre eles serem tao diversas (convergentes e divergentes ou mesmo tempo)

3. O ambiente sobresai (felizmente) devido nao só à constataçao do cenário que criamos e continuamos a criar, e de necessidade de voltar a estar em consonancia com o planeta. Sentimento de culpa medo? Ou constataçao de toda a artificialidade envolvente vazia e redescoberta da riqueza da simplicidade genial que é a natureza? eu vou sigo pela segunda.

a) Acredito na essencia das coisas

b) Concordo que bem praticado é saudável face aos habitos alimentares que temos (falo de um pais "desenvolvido"). Mas se é por ter pena dos animaizinhos, acho estupido. Creio na cadeia alimentar natural das coisas, no ciclo da vida, na sobrevivencia no predador e presa que é predador da presa que é predador da presa...

c) Toda a gente fala agora na "green energy". Fuel vegetal é menos poluente (MENOS). Vai ser um negócio igual ao que é o petroleo. No entanto gosto da ideia de haver diversas alternativas energeticas que se possam adaptar a cada contexto. O meu receio vem da propriedade desses recursos e dos meios de os transformar. Os maiores investidores em I+D das energias renovaveis ou "green" ou o nome que se queira dar sao os mesmo donos do negocio de oligopolio que é o petroleo e o gaz.

Anônimo disse...

ADENDA:

Será o Homem um ser natural deste planeta?

É o unico ser que nao consegue viver em harmonia com a Natureza sem deixar um rasto de almagama toxica de dificil integraçao por parte dos sistemas de reciclagem naturais do planeta. sem deixar de humanizar a paisagem ou sobrepor-se sobre os demais residentes.

Anônimo disse...

anonimo 01234567890:

Eu reafirmo que é treta mas da maneira como nos querem impingir.Daí não podes tirar a conclusão que eu afirme que não é "a nossa actuaçao e participaçao virulenta e parasitária neste planeta nao tenham efeitos de interferencia nesse mesmo ciclo natural das coisas"pois estou completamente de acordo contigo.O que eu quero levantar é a questão da hipócrisia por detrás dos argumentos dos que defendem uma modificação dos nossos hábitos parasitários apenas e só pelo lado do negócio(poluis/pagas,pagas/poluis) que eu vejo como se fosse apenas mais um fait divers para que tudo continue da mesma forma(vide a tua alinea (3c)).O que defendo é precisamente uma mudança ao nivel de uma transformação holistica do ser humano.Isso implicaria uma verdadeira mudança de paradigma da nossa vivencia neste planta mas no curto prazo implicaria também que a maior parte de nós aceitasse abdicar de muitos dos "bens" com que nos habituámos a viver(inclusive pondo em causa o desenvolvimento economico actual pois seria necessário um grande retrocesso no crescimento económico global para que esta ideia pudesse ser posta em prática o que me parece ser contrário ao pretendido pelas politicas actuais)Penso que no geral estamos todos a dizer o mesmo por outras palavras mas o problema está mesmo ai-são só palavras.Abdicaria eu do carro,do avião,das compras no shopping ao fim de semana,dos telémóveis e dos mp3?Essa penso ser a pergunta que cada um de nós terá que fazer honestamente.E atenção que isso não quereria dizer um reset mágico em toda a nossa vivencia até aqui.Apenas uma outra forma de olharmos o que até aqui vivemos.

Anônimo disse...

1ºAnonimo:

Estou esclarecido, criticavas o marketing de massas que nos impingem.

Mudança de habitos: Sim, creio que a verdadeira revoluçao está aqui. Abdicar dos habitos de consumo e conforto que nos foram vindo a ser "impingidos" de uma forma ou de outra e que agora fazem parte do nosso "mundo" (os tais telemoveis, mp3, carros, avioes, ar condicionado, etc etc).
Tem de se fazer compreender que é possivel viver de uma forma um pouco mais sustentavel e que o esforço individual e conjunto para o realizar nao é relativamente muito mais elevado do que actualmente fazemos (o ser humano é comodista por natureza).

Daí que creio que a inovaçao a ciencia teram de fazer o seu papel: com isto quero dizer que se deve desenvolver e investigar tecnologias e processos que optimizem tanto o consumo de recursos como a sua intoxicaçao colateral.
Por outro lado a nivel politico e espiritual tentar que as pessoas se sintam mais ligadas ao planeta, que lhe toquem mais a face, que o sintam mais de perto e o vejam como um organismo vivo que é e de que fazemos parte.

Resumindo, que as pessoas saiam mais do sofá e do ecra e vao passear pela natureza por forma a redescobri-la e senti-la.

Chega de national geographic zapping.

Anônimo disse...

Só para verem o alcance das tais politicas "salvadoras": http://www.mwglobal.org/ipsbrasil.net/nota.php?idnews=3107

É ou não é treta?

O planeta fica mais limpo de qualquer maneira:BioDiesel nos carros e pobres no cemiterio.

Anônimo disse...

Exacto 1º anonimo: It´s a fucking buissness, e agora corre até o risco de monoculturalizar as produçoes vegetais que serao canalizadas nao para alimento mas para energia.

Voltamos ao tempo dos feudos.

Anônimo disse...

tanto optimismo :D
A realidade é que continuamos vivos, e entre politica de interesses, dinheiros e ideologias acabará por existir um certo balanço.
Tanto o poder, como o dinheiro, como a opinião publica sao factores que influênciam estas tendencias mais generalizadas, e se existe sempre alguem mais "esperto" que consegue certos monopólios, cabe à sociedade inventar e descobrir novos meios de tornar as coisas mais faceis e combativas para o nosso lado.

Os monopólios economistas nunca podem servir de desculpa para que nao se pense mais e mais além.

Precisam-se de mais optimistas geniais!! e de sonhadores aliados a realistas.

Anônimo disse...

É exactamente na sobrevivencia que o homem tem tendencias insustentavelmente egoistas e homo-sapiens-centricas.

Pensa sempre que é mais poderoso que a natureza, que o planeta.

Será assim?