sexta-feira, 7 de maio de 2010

Humidade

As musas masturbam-se dia e noite para manterem motivados os poetas ou caes vadios que redescobrem a sua humanidade durante as noites e que num olhar logo se tornam mais humanos que nos (alias, nessa mesma eterna contemplacao nocturna tentam a fuga, desejam abandonar a sua raca para integrarem uma outra superior, o cenario que outrem lhes providencia todas as noites nao podia ser mais propicio a ideias de fugas silenciosas, a uma subita submissao perante algo que nos atingiu, quase, acidentalmente, rodopios, aspirais em ascencao como que um fogo posto com a intencao de incendiar o Palacio de todos os Governos que ja se tentaram derrubar durante uma madrugada de revolta, em que as manhas apenas sao anunciadas pela subita absurdidade duma fogueira (que outrora nos aquecia e iluminava, afastando assim, de nosso redor, todos os males nocturnos possiveis).
Subitamente, todas as musas morreram de estupidez e assim instalaram um ecran vazio, que outrora lhes pertencia, dentro da imaginacao de cada poeta que tentou outras alternativas. Recorreram ao axixe, experienciaram over-doses de comida, excitaram-se com outras cadelas e finalmente morreram os poetas, o sexo foi banido das mentes juntamente com a preversidade. Nas ruas mais obscuras da cidade onde as senhoras de meia idade de semblante simpatico se estendem agora nuas para arejar o corpo ao sol, oferecendo o humido misterio que guardam entre as pernas aos trauseuntes.

Os peos ainda em jogo, no baralho das putas que se entreabanam numa confusao de pessoas com a subita necessidade de cederem ao estranho desejo de se movimentarem mais que o seu opositor, neste caso, o outro individuo.


Um comentário:

oTal disse...

fodasse, estava a ver que nao aparecias!

(bom texto by the way)