sexta-feira, 8 de maio de 2009

Is this art?

quinta-feira, 7 de Maio de 2009 | 20:58
Leonel Moura lança livro de poemas escrito por um robô

O artista Leonel Moura apresentou hoje, no Museu da Água, em Coimbra, um livro de 30 poemas escrito por um robô para mostrar que é possível «romper fronteiras e criar novas expressões artísticas».

«Eu considero que a máquina faz Arte, na medida em que esta, tal como nós a conhecemos hoje, não é simplesmente uma expressão sensível ou de carácter emocional, também tem um expressão de carácter matemático ou científico», disse aos jornalistas o criador de Isu, o primeiro robô poeta.

No livro, com o título de «Poesia Robótica», Leonel Moura escreve que «as máquinas quando dotadas de autonomia e alguma inteligência, conseguem gerar criações originais independentes do humano que esteve na origem do processo».

Diário Digital / Lusa

17 comentários:

Anônimo disse...

Eu penso que é considerado um objecto artístico.

O código que gere o robô que escreve poemas foi criado por um ser humano com objectivos artísticos e pode ser visto como uma nova forma de arte, uma espécie de escultura.

Boa informação sobre o assunto:

http://goto10.org/flossart/

urubu disse...

Concordo com o objecto artístico.

Mas a arte do objecto é ter a capacidade de escrever ou o a nossa leitura do que está a (d)escrever?

O Robot pode ser considerado "poeta"?

A alma da L010101010101gica?

Agripino disse...

Eu não considero o Robot um poeta, mas um objecto que tem como função produzir outros objectos artísticos. O livro em si é um pouco mais complicado, apesar de o aceitar como objecto artístico não o considero um "livro de poesia" pois o seu conteúdo é mais simbólico do que poético.

A famosa peça 4'33 de John Cage é considerada por muitos como arte, mas daí a ir comprar o cd ou bilheres para o concerto...

Outro ponto que considero interessante é que técnicas aleatórias de construção de poemas já são utilizadas há muito, mas como vêm assinadas por um ser humano, ou seja o crédito não é dado ao caos (ou a um robot neste caso) não se põe este problema, mas eu pergunto-me se não será exactamente a mesma coisa?

Anônimo disse...

penso q é mais ,uma questao centrada na hipotese de os robots poderem ser creativos e a maneira como o fazem. Eu por mim fiquei bastante curioso sobre o q saiu desta "brincadeira".

Quanto à "validação artistica" acho que a unica pergunta é se é atribuida a quem criou o robot ou ao proprio robot.

urubu disse...

That´s the point.

2 Artistas? 1 pseudo-Artista (robot) "ensinado" pelo Criador (artista)?

A aleatoriedade é arte?

Anônimo disse...

alguem que faça um post com alguns dos poemas plax.

Agripino disse...

"Quanto à "validação artistica" acho que a unica pergunta é se é atribuida a quem criou o robot ou ao proprio robot."

"A aleatoriedade é arte?"

Como eu tentei explicar no comentário que fiz anteriormente a aleatoriedade é usada na arte ha muitos anos, Tristan Tzara já utilizava o método do "cut up" em 1920 para criar poemas; John Cage usou muito o aleatório para criar musica Juntamente com Merce Cunningham que usava o aleatório para criar dança. entre muitos outros.

E se eu utilizar um filtro do Photoshop para gerar fumo ou nuvens tambêm estou a usar o aleatório (por vezes sem dar por isso).

A questão não é se a Obra tem partes aleatórias ou não, É óbvio que o robot não pensa, apenas realiza um conjunto de algoritmos que foram programados por um artísta, mas se a obra é boa ou não.

"alguem que faça um post com alguns dos poemas plax." Era fixe isso.

Anônimo disse...

A poesia, mesmo neste caso, tem a ver com a relação entre palavras mesmo que "pareçam" aleatórias.

E apesar do dadaísmo ter-se inspirado no caos e na aleatoriedade, mesmo assim se percebe a preocupação de organização e colocação de fonemas e repetições (aleatoriedade fabricada/falsa, somente como ilusão para tornar o ponto cru do poema mais visivel e realçavel).

O que nao tem nada a ver com este post, pensou eu. Programas que gerem aleatoriamente palavras já existe há muito tempo, penso que falam de algo mais complexo e interligado. Vou pesquisar a ver se encontro os ditos.

urubu disse...

Para mim a arte do artista foi conceber o robot.

Para saber se o robot é poeta teria de ler algo que escreva (até agora n consegui encontrar nada)

A aleatoriedade é arte e ciencia desde sempre, nao questiono esse facto, agora o que queria dizer foi o que já foi aqui referido: "A poesia, mesmo neste caso, tem a ver com a relação entre palavras mesmo que "pareçam" aleatórias." Pq juntar palavras será facil, agora juntá-las com sentido poetico de forma consistente é outra coisa.

Sou um pouco contra a arte pela via aleatória por base e sistema, na medida em que embora bela coloca-se numa area cinzenta do "foi por acaso, ou foi o acaso que a criou e cria cada vez que é esposta: daí que possa sair uma flor ou uma poia."

Anônimo disse...

http://www.leonelmoura.com/isu.html

urubu disse...

Já vi.
O Robot parece interessante do ponto de vista da engenheria.
Agora os "poemas" sao demasiado quadrados e vazios para mim...

Vejo um objecto artistico (robot) mas sem capacidade de produzir arte

Agripino disse...

Ser contra a "arte por via aleatória" é completamente ridículo.

Pergunto eu como é que é possível criar qualquer tipo de arte que não seja, em parte, aleatória?

Não é isso que distingue a arte das outras coisas? o original, o inesperado, o novo?

Todos os seres humanos usam aleatoriedade todos os dias, mas damos-lhe outros nomes como intuição ou acaso. Se não fosse assim acabávamos como o burro de Budrian que morre de fome em frente a dois fardos de palha porque não é capaz de escolher um.

http://en.wikipedia.org/wiki/Buridan%27s_ass

urubu disse...

Obviamente que há aleatoriedade em tudo, mas fazer arte só baseado no aleatório para mim tem pouco de arte. É uma postura minha.

E a arte meu amigo, por vezes tem muito mais de suor do que de inesperado. E o original e o novo sao resultado da arte sem duvida, que pode vir da aleatoriedade. Mas nunca a 100%. Qd isso acontece é mais sorte do que arte.

Quanto ao burro e os fardos é outra historia... é no meu entender uma parabola alertando para o facto de muitas vezes estarmos a "miss the point" e a perder o tempo e a massa cinzenta em questoes secundárias e nao focamos no que realmente importa nessa situaçao.

Anônimo disse...

arte
s. f.
1. Preceitos para fazer ou dizer como é devido.
2. Livro de tais preceitos.
3. Fig. Modo; artifício.
4. Habilidade.
5. Manha, astúcia.
6. Técn. Aparelho de pesca.
7. Ofício.
www.priberam.pt


ar.te feminino
forma de expressão subjetiva do ser humano
produção do artista
http://pt.wiktionary.org/

Anônimo disse...

arte
P arte
M arte
F art
T art
K art
P arte

Agripino disse...

Alguem me pode dar um exemplo de arte só baseado no aleatório?

É que não entendo como isso seja possível.

"Quanto ao burro e os fardos é outra historia... é no meu entender uma parabola alertando para o facto de muitas vezes estarmos a "miss the point""

Acho que tu é que estás "missing the point"

urubu disse...

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Os poemas do robot
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O aleatorio dos screensavers
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