segunda-feira, 28 de julho de 2008

Excerto

in Memórias Políticas sobre as verdadeiras bases da grandeza das nações, e principalmente de Portugal: oferecidas ao sereníssimo Princípe do Brazil, Nosso Senhor, por Joaquim José Rodrigues de Brito, Lente da Faculdade de Leis na Universidade de Coimbra

Lisboa M.DCCC.III, Na impressão régia por ordem superior

Um comentário:

Anônimo disse...

Palavras sábias.

Acho interessante a referencia a Smith (O Adam que rotulou para sempre o conceito de mercado da "mao invisivel"), e de referir que para este os agricultores nao sao "automatos" da "industria" de mercado da alimentaçao. Para o Pai do liberalismo está bem. Só prova que as teorias e ideais vao sendo a pouco e pouco adaptadas aos interesses e politicas ao longo dos tempos. Talvez um pouco como a Biblia, a Tora ou o Coran?

Sem dúvida que se tem de olhar com outros olhos para as "bases" da naçao, que na altura eram o maior contribuinte para a "riqueza" da Naçao.

Hoje em dia a agricultura é uma industria. Há muito pouco espaço para os artistas da terra naturais. É uma industria a todos os niveis, desde os estudos do solo, os aditivos, os insecticidas, as green-houses, as sementes geneticamente modificadas e a trazabilidade do processo de produçao com um aumento da velocidade e crescimento desde a semente até ao fruto ou produto da terra. Procuram-se produtos homogeneos, com um prazo de validade alargado e de aspecto "saudável" e perfeito. Clones.

Sente-se panico, ou pelo menos todos os media e governos mundiais dao essa ideia.
Fala-se de novo ao estilo de Malthus: Há mais pessoas que recursos, nao vai chegar para todos, vai haver disputas importantes pelo control desses recursos e na sua compra/venda no mercado. Aponta-se o dedo ao aumento dos niveis de vida dos grandes reprodutores do planeta: China e India. O seu crescimento leva a mais consumo de alimentos e energia, recursos que estao mais ou menos no limiar da sua maturidade em termos de oferta.

Fala-se em politicas de control de natalidade em certos países quando noutros se tenta apoiar a natalidade.

O equilibrio está na minha opiniao nos fluxos migratórios e na liberdade dos mesmos. Mas todos querem tudo sem perder nada. No mundo ocidental fecha-se cada vez mais a porta aos fluxos migratórios de externos e tenta-se fomentar a natalidade, enquanto se mandam os novos "missionários" das Naçoes Unidas propagar o uso do preservativo, da pilula entre outros.

Malthus, na tentativa de explicar o equilibrio entre aumento crescente da populaçao, da sua esperança média de vida e da diminuiçao com correlaçao negativa sobre-proporcional dos Recursos Naturais, encontrou as "pragas & doenças e as guerras entre povos". Esses sao para Malthus os elementos reguladores.

Nos próximos 50 anos vamos assistir qual dos 3 factores irá actuar com mais incidencia...