quarta-feira, 21 de maio de 2008

Pró Comuna, Pró Liberal e PráQuele que se interessar

O Capitalismo no mundo Europeu pode dizer-se que nasceu da fragmentaçao da religiao Católica.
 
SIM , NAO?
 
Nasceu das reformas protestantes (vindas da frustraçao do ideia do Humanismo anterior que "nao pegou") durante o sec XVI (1517 na Saxonia Ninety-Five Theses) já depois da renascença que vinha iluminando os 1300 anos de Dark Ages...
Com isso veio a supressao da escravizaçao hereditária imposta nos Reinos Feudais e iniciou-se um novo periodo de "classificaçao" da sociedade.
 
Nao querendo estar aqui a fazer muito mais propaganda, mas se tiveres interessado vai a http://en.wikipedia.org/wiki/Protestant_Reformation
 
De todos os modos ponho aqui umas quotes do wikipedia sobre a genese do que se pode chamar a Pré-Modernidade:
 
The role of nobles in the Feudal System had yielded to the notion of the Divine Right of Kings during the Middle Ages (in fact, this consolidation of power from the land-owning nobles to the titular monarchs was one of the most prominent themes of the Dark Ages). Among the most notable political changes included the abolition of serfdom and the crystallization of kingdoms into nation-states. Perhaps even more significantly, with the advent of the Reformation, the notion of Christendom as a unified political entity was destroyed. Many kings and rulers used this radical shift in the understanding of the world to further consolidate their sovereignty over their territories. For instance, many of the Germanic states (as well as English Reformation) converted to Protestantism in an attempt to slip out of the grasp of the Pope.
 
DEFINITON:
Serfdom is the socio-economic status of unfree peasants under feudalism, and specifically relates to Manorialism. It was a condition of bondage or modified slavery which developed primarily during the High Middle Ages in Europe. Serfdom was the enforced labor of serfs on the fields of landowners, in return for protection and the right to work on their leased fields.
 
 

12 comentários:

Anônimo disse...

A era da religião já passou há algum tempo no entanto a ideia anti-religiosa continua presente nos nossos dias como uma raiz podre crescendo sobre um terreno imaginário.

Como seres de uma já não tão nova "era cientifica" perdemos um dos atributos essenciais da ciencia que é o distanciamento e analise nao emotiva.
A religião continua a pagar os erros da IGREJA CATÓLICA (diferente de religiao em si) e a ser menosprezada e discriminada como o "diabo" ou seja a ciência reduzida ao senso comum com medo de aprofundar uma das muitas facetas humanas.

Eu gostaria de ver um estudo mais sério sobre religião e com menos preconceitos para com o seu passado histórico ou seja uma aproximação mais intimista e realista da religião, e nao o eterno PAPÃO religião, esse já levo com ele desde puto e sinceramente já nao me diz muito.

Anônimo disse...

Creio que neste post o que trata mesmo é dos efeitos da religiao na historia do mundo. No caso apresentado é a Católica. Mas nao a apresenta como um papao, muito pelo contrario, representa toda a sua influencia nos destinos do mundo e como elemento catalizador de evoluçao.

Religiao necesita de simbolos, de personagens, de ritos e principalmente de pessoas com a sua crença comum em algo.

O que aqui foi exposto apenas representa um facto (mais ou menos discutivel quanto à sua veracidade) que envolve religiao, politica, economia, sociologia, antropologia.

Anônimo disse...

Segundo os teoricos, o protestantismo tinha uma visao mais individualista da religiao , o que, segundo estes, permitiu que o sucesso (qualquer que seja) fosse encarado como uma bençao e o que desencadeou o espirito capitalista.
Isto numa explicaçao mega superficial.

Anônimo disse...

Correcto.

Entao e qual é a explicaçao mais profunda?
Qual foi o catalizador para essa individualidade?

Nao terá sido a descrença e descredito dos valores colectivos que se apregoavam? A ascençao da burguesia? O despotismo explicito da aristocracia e do clero? O pos Humanismo? O queda da politica do "medo" que controlava (e será que ainda controla?) a sociedade Europeia?
Terá sido também a oportunidade que os países tiveram de se independizarem da influencia politica do Vaticano (uma das primeiras instituiçoes corporativas e globalizantes)?

Superfial ou nao isto influencia os designios do mundo.

O poder da mente individual serve apenas para o seu próprio mundo interior. No entanto, lá fora, a terra continua a girar ao ritmo de todos.

Anônimo disse...

Superficial a minha explicaçao, não estava a criticar os teóricos mas sim o meu pouco desenvolvimento e conhecimento.

No entanto toda a envolvente social: a ascençao da burguesia , o declinio do catolicismo e ao mesmo tempo o golpe politico e social (inglaterra e burguesia) e as guerras frustradas da igreja católica , foram essenciais para esta viragem histórica.


Se me é permitido uma ponta do meu sal, parece-me um pouco forçado apoiar-se a ideia do capitalismo como contra-originaria da igreja católica, ou mesmo originaria no protestantismo por mais doce que isso soe.

Todos os grandes movimentos sociais e revoluções culturais, economicas, etc.. São um encadeamento de acontecimentos por vezes despoletados por um qualquer motivo que serve de base para a "libertação" e nao mais que isso.

Anônimo disse...

Existe o acaso, existe o inesperado e isso moldou, molda e continuará a moldar a face das pessoas, animais, plantas, sociedades e culturas (assim os restantes participantes do universo).

A história vem demonstrando que sim somos todos fruto de umas "camadas" de passado sobrepostas e filtradas.
Mas permite-me defender que neste caso foi este cambio e "libertaçao" religiosa dos estatudos anteriores que permitiu existir uma espécie de "kaos" que deu azo a uma mudança ideológica, politica, economica e social.

Mas é só uma opiniao...

Anônimo disse...

Sim, mas numa analise cuidada, tambem podemos observar que o protestantismo surgiu pouco depois dos Descobrimentos e de toda a riqueza que estes trouxeram.

Poderiamos dizer que o capitalismo nasceu nessa altura, em que riquezas inimaginaveis começaram a inundar a europa e novas possibilidades de fortunas provocaram o tal caos e novo terreno para aventureiros.
A burguesia mercante ganhou lucros e um prestigio inimiginado até a altura e impulsionado por esse novo estatuto e talvez querendo riva lizar e sair da pressao da Igreja que dominava muita da riqueza até entao, aderiu a este movimento ideológico (com base nele o seu proprio sucesso era uma das garantias da benção que recebiam de "deus" e o culto individual permitia grandes poupanças que a igreja sempre reinvidicava e exigia a estes novos burgueses)

Logo o capitalismo pode ter surgido tanto do fim da Hegemonia total da Igreja como da Ganância e esperteza de estes novos burgueses que confrontados com duas escolhas optaram pela que mais salvaguardava os seus interesses.

Os erros (politicos, sociais, etc.. etc sao inumeros) da Igreja católica ajudaram em muito a uma mudança que a partir daí tornou-se mais generalizada, apesar do protestantismo ter prevalecido mais em meios burgueses e industriais.

Anônimo disse...

Totalmente de acordo.

O aumento do Bem-Estar fruto das melhorias das trocas comerciais, abertura a outros países e culturas e a ascençao de um estrato social (Burguesia) levaram a que a Ideologia e religiao Dominante, Centralista e Unificadora se fragmentasse (o protestantismo como a ramificaçao mais "forte") levaram ao que se pode hoje chamar de "capitalismo" com base na ideia do individualismo e livre arbitrio interpretativo religioso.

O que queria aqui indicar é exactamente isso: dessa ruptura com a ideologia dominante (com a religiao católica como centro unificador da Europa) levou a uma mudança nas sociedades, à independencia de países e ao primeiro Draft do que é hoje a Europa.

Anônimo disse...

Hmmm, sim, mas o que eu queria dizer é que o capitalismo nao surgiu de uma ruptura com a igreja catolica em si, mas que foram os acontecimentos , como os descobrimentos e o surgir de uma classe burguesa mais forte.
É verdade que alguns destes quebraram com o catolicismo mas se formos a ver duvido que a maior parte da burguesia fosse realmente protestante (apesar do que escrevi anteriormente) ou melhor que o protestantismo foi um meio melhor para o capitalismo sim, sem duvida, mas que este surgiu mesmo no meio da igreja catolica, o capitalismo nao surgiu em confronto com a igreja catolica, pelo menos é a minha ideia.

E se repararmos os Descobrimentos foram patrocionados maioritariamente pela Igreja Catolica, alias o Igreja foi o simbolo maximo do expansionismo
espanhol.

Eu diria até que a Igreja catolica foi uma das primeiras maquinas capitalistas.

Anônimo disse...

Seguramente que durante os anos "dourados" da igreja católica a maior parte da sociedade também nao fosse católica... Tinha de o ser ou entao...

Há sempre diversos factores que levam a uma acçao de mudança acontecer. Neste caso creio que para mim foi este cambio de ideologia religiosa, esta ruptura que levou a que se mudassem atitudes.

A Igreja católica foi na Europa pos romana a instituiçao mais globalizante, disso n há minima duvida. Se é ou n a primeira capitalista, talvez, mas restringia-se à sua própria organizaçao, nao ao resto do "mundo", como se passou depois da era pos protestantismo/descobrimentos/burguesia/revoluçao francesa

Anônimo disse...

Sim, sao acontecimentos historicos importantes e talvez sirvam de "marcos".

Mas continuo a pensar que o espirito capitalista nasceu de um desejo do homem e que a igreja foi repegada historicamente e por arrastao foi identificada nesse periodo como o acontecimento que "empatava" o capitalismo mais global.

Talvez o tenha sido, mas nessa altura só assim o poderia ser, tem tanto de empata como de germinador na minha opiniao :p

Anônimo disse...

Concordo em parte com essa ideia do germinador (inicio, Idade Média) e empata (já depois da Renascença).

Mas continuo a sublinhar que esta transiçao, esaa ruptura de religiao dominante e unificadora foi "o" passo/marco decisivo para todas as independencias de países e sua afirmaçao mais ou menos como país, como sociedade mais ou menos capitalista.

Se as sociedades já eram capitalistas com/depois dos descobrimentos: algumas sim, mas nao tinham a completa "legitimidade espiritual/politica do Vaticano" para o fazer. Assim que de algum modo o Vaticano tinha a faca e o queijo na mao: enquanto interessa-se deixava por ser em nome da "cristianizaçao", quando nao já era uma heresia. O que quer isto dizer é que os estados nao tinham a independencia politica/economica por via de uma imposisao politico-religiosa do estado central Vaticano.

Para mim as "revoluçoes" têm de ter como base um, ou uns (nao muitos pq se nao perde-se) ideais para que tenha a força unificadora suficiente para ter expressao.
A mutaçao do modelo de control religioso para mim foi uma das decisivas.