quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Obama

Fica aqui expresso o meu voto. Não tem é influência no desenrolar dos futuros acontecimentos. Ou terá? Os americanos, amantes de estatísticas. Cada voto de cada um deles há-de querer melhor espelhar a realidade do resto do mundo, que eles desconhecem. Muito paradoxal, realmente. Teremos de lutar por um direito de voto num estado/país alheio? Os Estados Unidos da América do Norte? Afinal, onde vivemos nós?

9 comentários:

Anônimo disse...

You Go for CHANGE.

Embora n negue de que os EUA serem UM dos países que mais efeito borboleta gera no planeta terra, nao creio que algum dia sejamos implicados para o seu sufracio nacional: nao somos Americanos, nao somos residentes, nao pagamos aí impostos, logo nao votamos.

A politica em geral e as campanhas em particular sao um circo. Nos EUA um circo bastante grande e cheio de background, diria do Solei quase.
Hilary é o reflexo de Bill, e o que a sua candidatura representa é a afirmaçao de uma familia visao nos destinos ´democrat´s do país. É a mesma versao do que se passou com a familia Bush mas no outro lado da barricada politica, mas no fundo um pouco mais do mesmo, algo que sabemos mais ou menos o que esperar.

Obama é mudança? Os americanos sentem que sim, porque sentem que querem mudar alguma coisa: estao fartos da rizota mundial sobre o seu chefe de estado, das suas atitudes simias, odio mundial geral, guerra, baixas de guerra, desemprego, arrefecimento economico. Obama e os seus 1001 acessores sabem disso.

Vamos ver se se aguenta no MOMENTUM que presentemente vive, ou se "a familia" se demonstra mais forte.

Ah, e Mcain, o sobrevivente republicano, está contente pq ficou isolado na representaçao: será apenas essa a sua vitoria? Nao esquecer que o planeta é redondo, e dá muitas voltas... Mas por agora os EUA "parecem" tender a Democrats.

P.S.- Creio que a pensar em votar noutro país que nao o nosso nao está para assim tanto na Utopia. Estamos na Europa, e o tratado de Lisboa é o caminho para isso: eleger que partido e quem representa a Europa no mundo.

FireStarter disse...

Se eu não estivesse plenamente convencido que os estados(quaisquer que sejam as formas de sistema)são o problema e não a solução para o que quer que seja,também votaria Obama,mas cuidado que MUDASTI não quer dizer que se melhore na qualidade do chá que se bebe.Sinto-me melhor bebendo chá de cafeteira.

Anônimo disse...

rock joker said:
Se eu não estivesse plenamente convencido que os estados(quaisquer que sejam as formas de sistema)são o problema e não a solução para o que quer que seja

Aflora aí o tema sff.

Pelo que escreves indicas os Estados (independentemente do sistema politico-economico-social) sao o problema.

O "Estado" pode ser definido como sendo todos aqueles que pertencem a uma sociedade definida e regida por direitos e deveres.

Qual é na tua opiniao o "Estado de sistema" que pode ser o mais aproximado da perfeiçao da vida comunitaria?

FireStarter disse...

"No limiar do século XXI, o sistema híbrido composto pelo Estado e mercado parece conduzir às raias do absurdo. De fato, se este sistema não é mais capaz de integrar socialmente milhões de pessoas em todo o mundo, ele está condenado a deixar de ser a forma predominante de sociedade. Em razão disso, um número cada vez maior de vozes ergue-se para propor novas formas de reprodução social, para além do Estado e do mercado. Em sua "Crítica da Razão Econômica", o sociólogo francês André Gorz introduziu o conceito de atividades autônomas, organizadas pela reunião de voluntários nas "microesferas sociais" de bairros e distritos. "Sua idéia está voltada, sobretudo, para atividades culturais ou sociais, como, por exemplo, a criação de creches e asilos, mas tem em vista também a produção de alimentos e bens de necessidade básica. Jeremy Rifkin, economista e crítico social norte-americano, chega mesmo a vislumbrar uma "era pós-mercado", com o desenvolvimento de um terceiro setor como âmbito social autónomo."
Robert Kurz-"Para além do estado e do mercado"
http://antivalor.vilabol.uol.com.br/
Penso que o raciocinio formatado de todos nós enquanto sociedade(em beneficio dos estados e do capital,desculpa o uso intencional da palavra capital)não nos permitirá ver à primeira uma via de fuga do sistema actual,mas se aprofundarmos mais um bocado...E se algumas mentes "perversas" quiserem de algum modo insinuar que eu defendo a anarquia tenham cuidado com os cliches e ideias feitas sobre a anarquia e discutámos o tema.

Anônimo disse...

Por exemplo. Eu creio que o sistema de estados, países, democracia, em grande parte do Continente africano não funciona de todo, simplesmente porque a maior parte da população vive desprendida dessa (ir)realidade que desconhece, e que também a eles desconhece. O que acaba por funcionar em muitos estados é uma rede de poder que se auto-sustenta, e que tenta de toda a forma distanciar-se o mais possível do povinho ignorante que não percebe nada, e que pelos vistos não tem sequer o direito ou a dignidade para exprimir ideias, que também não saberiam exprimir por estar mais uma vez despegados dessa (ir)realidade. A África que sempre viveu em tribo não se une mas dizima-se. Ou não. Apreciam-se comentários que desenvolvam a história.

Anônimo disse...

Assim que nao é a anarquia, é mais o regionalismo, ou as regioes/clusters autonomicos?

Acçoes, organizaçoes, movimentos locais que gestionem e actuem sobre a regiao (mais ou menos autonoma) em que se inserem.
Teoricamente diria que é perfeito: quem melhor para saber e onde, como, quando actuar que as próprias pessoas que vivem a realidade todos os dias (nao obstante da cegueira que a visao unica do cidadao local possa também existir).

Do ponto de vista prático apresento algumas questoes:

1. E se esses moviemtnos sao de cariz preverso (Klu klux Clan, Skins, etc)? É lhes permitido a liberdade de actuar em funçao dos seus ideais, em deterimento dos Direitos Humanos?

2. Quem produz a lei local?

3. Quem gere a economia? Os movimentos ou uma entidade central? Ou é o "mercado"?

4. O Estado deixa de fora milhoes de pessoas: correcto. È necessário uma terceira via: correcto. A acçao social é essa via, e quanto mais independente e desligada do Estado Central melhor. Problema: de onde se financia?

4. "terceiro setor como âmbito social autónomo": É cada autonomia que o cria e gere? De onde se financia? Acredito que funcione em comunidades pequenas. O problema é que o ser humano tem tendencia a apinhar-se num centro onde nao conhece ninguem mas diz q se sente melhor porque vê "gente".

Rock, as questoes que faço sao curiosidades, pq sim que é certo que todos nós vivemos mais ou menos "acomudados" com o sistema (democratico?) existente do Estado (mais ou menos de capital).

Bem Estar é o que se propaganda, mas os factos provam que é o Beneficio é o que se procura.

As ineficiencias dos sistema têm de ser compensadas por acçoes de cariz social mais ou menos espontaneas, protagonizadas por entidades, movimentos, organizaçoes com um nivel de independencia e objectividade suficientes para nao se deixarem "comer" pelo proprio Estado que delas necessita.

Anônimo disse...

Pato, concordo contigo.

Africa, Asia, Sul America?, sao Continentes com a sua identidade bem vincada, seja na (des)unidade regional, guerras antigas, projectos comuns, religiao/crenças/espiritualidade.

No que falas concretamente em Africa é claro: ali quem fica KING quer se manter KING, e como a lei é ditada ao saber do KING, é "facil" deixar por terra quem os confronta e se opoe à sua "hegemonia".

Africa Continente com fronteiras desenhadas por estrangeiros. É uma manta feita com varias peças juntas, que muitas vezes nao querem estar juntas. A guerra ali sempre foi alimentada para que seja "comum". Convem a quem controla, convem a quem explora, convem a quem faz noticias.

O unico que me faz sorrir é que ali a natureza cresce VIRIL e floresce mesmo no meio de todo o entulho que se vai acumulando fruta da construçao e destruiçao sucessiva.

Anônimo disse...

Uma coisa que o Naipaul não gosta mesmo nada nos livros dele é exactamente essa natureza que brota por todo o lado (umas certas ervas que espelham, para o próprio, a rudimentaridade dos Bush people, bush de arbustro, não do outro homem mais famoso) e que tornam a vida difícil ao ser humano. Mas quem disse que o planeta foi feito para nós? Se é que foi feito sequer

Anônimo disse...

Se é que foi feito sequer

Pato, desenvolve ou faz um post sobre este tema por favor.