quinta-feira, 26 de maio de 2011

Escárnio & Maldizer

Soneto da Mocetona Pudibunda
 
Soneto localizado em um caderno onde poemas de Bocage e de Pedro José Constâncio
estavam misturados, não tendo se chegado em nenhuma conclusão definitiva sobre a
autoria do mesmo.

Levanta Alzira os olhos pudibunda
Para ver onde a mão lhe conduzia;
Vendo que nela a porra lhe metia
Fez-se mais do que o nácar rubicunda:

Toco o pentelho seu, toco a rotunda
Lisa bimba, onde Amor seu trono erguia;
Entretanto em desejos ardia,
Brando licor o pássaro lhe inunda:

C'o dedo a greta sua lhe coçava;
Ela, maquinalmente a mão movendo,
Docemente o caralho embalava:

"mais depressa" — lhe digo então morrendo,
Enquanto ela sinais do mesmo dava;
Mística pívia assim fomos comendo

2 comentários:

Anônimo disse...

ja vi esse poema, acho q nao e' do bocage, vou verificar mas acho q esse poema e' da autoria de e.m. de mello e castro.

Anônimo disse...

ups... estava errado.

ja o descobri e esta' em nome do maria das manuelas bocage.. my bad ;d