quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Uma canção cinzenta (A canção do sono pesado)

Saio para a rua e cumprimento a minha solidão
Somos velhos conhecidos
 
A vida contigo ou sem trigo
É um caminho que nos cruza
 
E envolve e percorre
(Esquece, enfurece)
 
Com pneus furados dum camião pesado
(Mas que segue ainda estrada afora)
 
Os remates que não fizémos ainda
Que para mais tarde guardámos
(As bolas à trave
O cansaço, o suor) 
 
....
 
Deixo guiar-me pela cinza escondida
Na ruela perdida
 
Mas posso esperar
 
A vida vem até a mim
Me acha de novo
 
Inexoravelmente
 
- Promete!
- Prometo,
Que no próximo momento
Não me terei esquecido de ti.
 
O sangue, o tempo, as cores
São o meu testemunho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lethargy... The deep sleep
Por detrás guitarras portuguesas abanando pássaros em fios de electricidade